segunda-feira, 2 de maio de 2011

TEXTO DE OPINIÃO

Em se tratando de aspectos relativos aos meios de produção, atuais ou os de tempos atrás, remuneração salarial, direitos e deveres dos trabalhadores, forças de trabalho e ainda da MAIS-VALIA, destaca-se a importância, que teve para a sociedade da época e a que estamos passando, o filósofo e economista  alemão Karl Marx ( nascido em 5 de maio de 1818).

A partir de seus estudos, pode-se ver na prática conceitos da própria sociedade, na qual ele vivia e que ainda se vive hoje. Tanto é que, no caso da Mais-valia ( nome dado por Karl Marx à diferença entre o valor da mercadoria produzida e a soma do valor dos meios de produção e do valor do trabalho, que seria a base do lucro no sistema capitalista - segundo o site Wikipédia), ele conceitou sua existência e sua pràtica no di-a-dia, em meio à sociedade.

Mas, se formos estudar ou pesquisar profundamente o assunto, veremos que na verdade se tratam de práticas bem anteriores a sua existência, seja como filósofo, economista ou pessoa. Veremos ainda, que essas prática das primeiras formas de troca ou permuta de uma mercadoria por outra, principalmente em se tratando daquelas advindas do campo, sendo essas comercializadas nos centros urbanos. Essa forma de permuta inicial foi que originou e incentivou a criação, implementação e utilização do dinheiro, propriamente dito. 

Portanto, Karl Marx foi o grande idealizador do conceito inicial da Mais-valia, pois a partir daí e que outros estudiosos começaram a aprofundar e difundir o assunto em meio à sociedade.

Por Leandro de Quevedo Freitas.

HISTÓRICO: Mais-valia

INTRODUÇÃO AO CAPITAL DE KARL MARX



[...] O modo de produção capitalista envolve, de acordo com Marx, duas grandes separações. A primeira nós já discutimos - a separação das unidades de produção. Em outras palavras, a economia capitalista é um sistema dividido em produtores interdependentes e concorrentes entre si. Do mesmo modo importante é a divisão no interior de cada unidade de produção, entre o proprietário dos meios de produção e os produtores diretos, isto é, entre capital e trabalho assalariado.
Marx assinalou que as mercadorias podem existir sem capitalismo. Dinheiro e comércio são encontrados em sociedades pré-capitalistas. Todavia, a troca de mercadorias em tais sociedades é principalmente um meio de obter valores de uso, as coisas das quais as pessoas necessitam. A circulação de mercadorias em tais circunstâncias toma a forma de M-D-M, onde M é mercadoria e D dinheiro. Cada produtor toma sua mercadoria e vende-a por dinheiro para comprar uma outra mercadoria de outro produtor. O dinheiro é apenas o intermediário na transação.
Onde as relações de produção capitalistas prevalecem, todavia, a circulação de mercadorias toma uma outra forma, mais complexa: D-M-D1. Dinheiro é investido para produzir mercadorias que são, então, trocadas por mais dinheiro.
E mais, o D1, o dinheiro que o capitalista ou investidor consegue após a transação, é maior do que D, o dinheiro investido inicialmente. O dinheiro extra, ou lucro, Marx chamou "mais-valia". De onde vem a mais-valia? [...]

Este é um trecho retirado do texto “Introdução ao capital de Karl Marx”, do Escritor Alex Callinicos, obtido em:  http://www.espacoacademico.com.br/038/38tc_callinicos.htm
Explicando: Mais-valia é na verdade a diferença entre o valor inicial do “produto” e todo o lucro obtido ao final.

M D M = Mercadoria – Dinheiro – Mercadoria:
D M D1 = Dinheiro – Mercadoria – Dinheiro 1:

Ou seja,

D1 > D: Dinheiro 1 é maior do que o Dinheiro!

Conceito mais valia Opinião da Bianca

Mais-valia é o conceito mais estúpido que existe, somente marxistas, portanto, mentecaptos, ainda acreditam nisso.
Sob este ponto de vista, o lucro do patrão seria como uma sangria. O operário é pobre porque o patrão não lhe paga a porção de seu trabalho correspondente ao lucro. Vocês se esquecem que do lucro bruto, o grosso é reinjetado na economia na forma de custos fixos necessários para manter o funcionamento da fábrica: a conta de luz, os suprimentos, a transportadora, os impostos, a folha de pagamento, os investimentos em tecnologia, etc. Estes custos fixos continuam a existir, mesmo que o patrão seja eliminado.

BIANCA T.C. MARTA

CONCEITO DE MAIS-VALIA.

Mais-valia é o termo usado para designar a disparidade entre o salário pago e o valor do trabalho produzido. Existem muitos cientistas e pensadores sociais que desenvolveram diferentes vertentes para conceber uma explicação para surgimento e o funcionamento do sistema capitalista.

Para Adam Smith, o valor do trabalho agregado ao produto é menor que o valor que a mercadoria poderia ser vendida. David Ricardo afirmava que a questão salarial está ligada às necessidades fisiológicas, isso quer dizer que o valor pago gira em torno das condições mínimas de sobrevivência, ou seja, o ordenado cobre somente o essencial (alimentos, roupas).

De acordo com Werner Sombart, o capitalismo não se encontrava aliado somente à economia, mas à essência da burguesia que emergiu no final da Idade Média na Europa. Isso propiciou o nascimento de um pensamento burguês que afirmava que para melhor acumular riquezas o principal não era acumular capital.

Karl Marx fez uma análise dialética sobre o tema, afirmou que o sistema capitalista representa a própria exploração do trabalhador por parte do dono dos meios de produção, na disputa desigual entre capital e proletário sempre o primeiro sai vencedor. Desse modo, o ordenado pago representa um pequeno percentual do resultado final do trabalho (mercadoria ou produto), então a disparidade configura concretamente a chamada mais-valia, dando origem a uma lucratividade maior para o capitalista.

Artigos e mais valia

A mais-valia, como cita a Jornalista Elaine Tavares, vem instruindo as pessoas como, por exemplo, quando assistimos algo na televisão ou quando acessamos a internet para que "compre isso, compre aquilo, seja assim", ou seja está sendo prisioneira da mais-valia ideológica. Isso não só em meios de comunicação mas também em meios de transportes como em alguns ônibus que já tem televisão instalada, sendo assim, não conseguem se desconectar da mais-valia ideológica, durante o dia-a-dia.
A mais-valia é a lógica de exploração do trabalho, fundamento da sociedade capitalista que corresponde à diferença entre o valor financeiro gerado pelo trabalho e o salário pago ao trabalhador, conceito criado pelo economista Karl Marx. Ou seja, quanto maior a distância entre os dois componentes, maior o ganho do capital. As empresas e o próprio estado mantêm-se graças a mais-valia.

Andréia Quevedo Freitas
 

ARTIGO: A mais-valia do trabalho médico

ARTIGO: A mais-valia do trabalho médico
(21/09/2009 16:13:00)          
Por Dioclécio Campos Júnior

A situação do médico no Brasil é dramática. Estresse, desgaste físico e baixa remuneração são ingredientes de uma vida profissional que se consome à exaustão, em curto espaço de tempo. Não obstante o horizonte sombrio que se configura, a medicina ainda é o curso mais procurado nas universidades. Um sonho que fascina enquanto dura. Um ideal que ainda desafia a realidade desoladora.
As razões que levaram tão relevante fazer profissional à desagregação vêm de longa data. Têm a ver com o modelo econômico vigente. A principal delas é pouco percebida na atualidade. Já quase não se fala de seu mecanismo de ação. É a mais-valia, conceito criado pelo economista Karl Marx para mostrar a lógica de exploração do trabalho, fundamento da sociedade capitalista. Corresponde à diferença entre o valor financeiro gerado pelo trabalho e o salário pago ao trabalhador. Quanto maior a distância entre os dois componentes dessa equação, maior o ganho do capital em detrimento do trabalho. As empresas e o próprio Estado mantêm-se graças à mais-valia que subtraem dos trabalhadores, origem dos lucros que os sustentam, da exploração que os enriquece. Essa prática abusiva permeia quase todas as relações de trabalho no país.
No caso da atividade médica, a mais-valia tem dimensão diferente. O valor produzido pelo labor do médico é a recuperação da saúde, um bem que não tem preço. Logo, sua remuneração deveria ser muito maior. Mas é impossível estimar o valor financeiro da saúde do cidadão. Por isso, lança-se mão de outros critérios para o cálculo indireto da mais-valia do trabalho médico. Para tanto, o mais racional é adotar o que preceitua o inciso IV do artigo 7º da Constituição, relativo aos componentes do salário mínimo. Segundo a norma constitucional, o vencimento do trabalhador deve ser ``capaz de atender a suas necessidades básicas e às de sua família como moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social, com reajustes periódicos que lhe preservem o poder aquisitivo...``.
Estudo feito pela empresa ABP Informáticaem 2002 definiu, com base no critério da Carta Magna, o valor do salário mínimo do médico e o de uma consulta pediátrica, cuja duração fica em torno de 35 minutos. Aplicados os índices oficiais de correção até 2009, o salário mensal desse profissional, com vínculo empregatício público ou privado, em carga horária de 20 horas semanais, não pode ser menor que R$ 8.300. Ora, o médico funcionário do SUS não recebe mais que R$ 3 mil ao mês, por contrato de 20 horas semanais. A mais-valia de que o Estado se apropria é de R$ 5.300 em cada salário. O valor da consulta pediátrica não deve ser inferior a R$130. Porém, os planos de saúde pagam, em média, R$ 30 ao pediatra. A mais-valia que retêm é de R$ 100 por consulta. Assim, tanto no setor público quanto na saúde suplementar, o médico paga para trabalhar. É a profissão que, pelo montante da sua mais-valia retida, sustenta o funcionamento do SUS e dos planos privados de saúde.
A medicina já foi atividade liberal no Brasil. Com o crescimento demográfico e as desigualdades inerentes ao modelo de sociedade que vigora no país, o Estado teve de expandir a intervenção no campo da saúde, sob pena de perder o controle das condições sanitárias da população. A formação de médicos foi estimulada a aumentar em ritmo alucinante. Colocou à disposição do sistema público e da saúde suplementar um número de profissionais superior à necessidade real. O excedente de médicos equivale ao que se denomina exército de reserva, o contingente de mão de obra sempre disponível para garantir a exploração máxima da mais-valia.
Assim, o que ocorreu com a classe médica brasileira foi a sua acelerada proletarização, comandada pelo Estado. No início dos anos 1960, discutia-se a socialização da medicina, entendida, à época, como a transformação do profissional liberal em funcionário público ou de empresas patronais. Samuel Pessoa, eminente professor universitário de então, profetizou: ``Estamos convencidos, de fato, de que a socialização de uma classe num regime capitalista dará como resultado transformar os indivíduos que a compõem em assalariados, que virão aumentar a classe dos explorados``. Nada mais lúcido. Os médicos têm de reagir com firmeza. Precisam mobilizar-se. Caso contrário, a única alternativa que lhes resta para libertar-se da apropriação indevida de sua mais-valia, e recuperar a dignidade perdida, é trabalhar apenas como profissionais liberais.

* Dioclécio Campos Júnior é Médico, professor titular da UnB e presidente da Sociedade Brasileira de Pediatria


Fonte: Correio Brasiliense

ARTIGO: Mais-valia ideológica

ARTIGO: Mais-valia ideológica
ELAINE TAVARES | Jornalista
 
     O pensador venezuelano Ludovico Silva desenvolveu um conceito perfeito para a televisão: mais-valia ideológica. Ele diz que o sistema capitalista, não satisfeito em sugar a mais-valia do trabalhador no seu local de trabalho, ainda suga a mais-valia ideológica quando ele pensa que está descansando diante de sua TV.Na verdade, diz Ludovico, a pessoa diante desse aparelho não está fruindo, curtindo ou descansando. Não! Está sendo inundada pelos apelos do sistema: compre isso, compre aquilo, siga as regras do Natal, seja assim, vista aquilo. Prisioneira, então, da mais-valia ideológica.
Pois, agora, a gente, que vive sob o terror do transporte coletivo de Florianópolis, tampouco consegue se desconectar da mais-valia ideológica. Não bastasse todo o estresse de ficar nas insuportáveis filas que se formam ao longo do caminho nestes dias de verão de uma cidade turística que não tem estrutura, ainda temos de aturar uma espécie de televisão dentro do ônibus. Ali, enquanto as gentes bufam de calor e ódio, ficam passando propagandas: compre isso, compre aquilo, tal pré-vestibular é melhor. Vez em quando entra uma notícia sobre algum famoso e depois uma "videocassetada". Um verdadeiro atentado à inteligência e à paciência. Pergunto-me: onde está o Ministério Público que não vê isso? Será possível que ninguém se importe que as pessoas sejam submetidas a esses abusos? O que pode fazer uma pessoa comum diante deste descalabro?
Tem mais: como o transporte é desintegrado, a gente fica muito tempo sentado nos terminais, esperando o terceiro ônibus que nos deixará em casa. E ali, por toda parte, estão as televisões com os quadros de horários. A gente fica olhando para ver quando vai sair o maldito ônibus e o quadro não vem. O que passam são propagandas e propagandas. Infernal. Mas não é desrespeito, não. É a mais-valia ideológica levada às últimas consequências. Uma verdadeira lavagem cerebral.
Outro dia, vi uma informação de que, em São Paulo, já existem grupos contra isso. Vou fazer a luta por aqui.

Charges



domingo, 1 de maio de 2011

Charges




Charges, a expressão da repressão

     Pode-se notar pelas charges acima que mesmo com o fim (legal) da escravidão, as pessoas ainda passam por algumas explorações, como no caso da mais valia. As charges e piadas são algumas formas das pessoas expressarem sua indignação com o sistema mundial em que nos encontramos, o capitalismo.
    Mesmo tendo um sistema judiciário que diz que todos tem direitos iguais, na pratica isso não se cumpre, pois mesmo a grande parte das pessoas sabendo o que é mais valia, sabendo que são explorados não podem fazer nada porque os donos de fábricas tem mais poder e influência, então por medo de perderem seus empregos e ainda não conseguirem arrumar mais nenhum outro, devido a influência de seus patrões,as pessoas se submetem a essa exploração e então a unica forma de exprimirem seus sentimentos é atraves de charges, do humor disfarçado e critico.

Beatriz Moretto Leal da Silva